Mobilizando Recursos para Viver Mais 6/8

O perfil de doenças se modificou com o passar do tempo, no Brasil e no mundo. E o envelhecimento da população também mudou nossa maneira de vermos o nosso mundo. Ao prolongarmos nossas vidas, podemos aprender mais e assim guardar uma mensagem de como nos cuidarmos de um modo mais seguro desde quando jovens. É essencial para o que colheremos no futuro. Nossa expectativa de vida (esperança de anos de vida ao nascer) mudou de cerca de 45 anos, pelos idos de 1920-40, para 76 anos no ano de 2018, sendo em média de 73 anos para os homens e de 80 anos para as mulheres. Na tabela ao lado a estimativa arredondada de alguns países.

E na figura abaixo, é possível ver a classificação das causas de mortes registradas pelo Ministério de Saúde brasileiro. Chama atenção que para os dois primeiros colocados serem eventos circulatórios, isto é, francamente relacionados aos hábitos de saúde que já comentamos - sedentarismo, obesidade, tabagismo, hipertensão, diabete, etc. Situações que muito dependem de nossos autocuidados.

Observamos também uma mudança que tem se consolidado nas últimas décadas, desde os anos 80, e que no ano 2016 se posiciona como terceira causa de mortes: Doença de Alzheimer e Demências. Esses agravos migraram do 8º lugar no ano 2000 para o terceiro lugar no ano de 2016. Uma progressão rápida para um curto período de seis anos.

Fonte: Causas de mortes no Brasil. SVS/Min Saúde. http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/saude-brasil/mortalidade-geral/

Seguem ainda bem colocadas as doenças respiratórias - bronquite crônica e infecções/Pneumonia - e ainda muito prevalentes aquelas situações decorrentes da Violência interpessoal e dos Acidentes de trânsito, com taxas caindo mas ainda muito elevadas para um padrão civilizado que gostaríamos.

- Bem, se você tem acompanhado outras matérias em saúde, sabe como se correlacionam as doenças pelas quais morremos com as condições de origem já apontadas. Mas IMPORTANTE, sabe também que a relação de causa-efeito em grande parte está nas nossas mãos, em nossos hábitos, portanto, podemos melhorá-los!

Autor: Mauro Luiz Kaufmann - Médico; Mestre em Sociologia;

Maio/2020.