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Rebelião Escrava no Brasil – João José Reis

  • Foto do escritor: Mauro Luiz Kaufmann
    Mauro Luiz Kaufmann
  • 10 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

Sob tacões e açoites, na repressão do capataz e capitães do mato, no ganho diário para cumprir as cotas... na cidade de Salvador, instalada na Baía de Todos-os-Santos, janeiro do ano de 1835...


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Se cruzam negros escravos das nações Nagô, Jeje, Haussá, Mina, Angola, Benguela, Cabinda e outros pelas ruas da capital da Província da Bahia e vilas do Recôncavo, trazendo a impressão, nos seus 60% de negritude, das cidades orientais da África. E a condição de escravatura de africanos como uma regra dos séculos do Brasil português.

A revolta estava nos corações e espíritos de muitos, predominando a liderança e a maioria para os Nagôs, etnia que na África islamizada e letrada disputava o território do Império Iorubá que se desfazia - em capturas, mortandade e violência geral. A Bahia estava em crise econômica e novos ventos liberais sopravam esperanças, pois a expulsão dos portugueses havia, de certo modo, abrigado aspirações de uma nova bandeira, da paz e da liberdade... falsamente e infelizmente.

Neste livro, o autor faz uma análise detalhista do Brasil e da África, de hábitos, da cultura e dos enlaçamentos étnicos e religiosos de pessoas que buscavam a liberdade e a fuga. Vejamos o que transcreve o autor, a partir de artigos no jornal Diário da Bahia, de agosto de 1936:


“A Nação onde o luxo excessivo se acha a par da extrema miséria, onde o forte oprime o fraco; onde as Leis não têm vigor, a licença é sem freio, e o vício fica impune; onde não há outro dever que amontoar ouro, outra indústria que estender o cetro de ferro sobre a porção indigente, uma tal Nação, dizemos, é bem pouco perfeita, e está longe de ser feliz.”

Estupenda leitura! Saudações. Abril 2023.


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